Tradutor automático

Horário de Brasília

21 setembro 2009

Mais uma semana de acontecimentos em Poá

Confira o que aconteceu em Poá na semana de 13 a 19 de setembro:
Bilhete Único: somente duas pessoas fizeram o cadastro
Benefício foi implantado na semana passada. Baixa procura pode estar relacionada à falta de divulgação
Uma semana após a criação do Bilhete Único municipal em Poá, apenas dois usuários do transporte coletivo se cadastraram para ter direito ao benefício de utilizar dois ônibus e pagar uma passagem no período de uma hora. O número é o reflexo da falta de divulgação do novo cartão eletrônico, tanto por parte da prefeitura quanto pela concessionária Radial Transportes.
No posto de recarga, no centro, não há um cartaz informativo sobre o assunto.
Os passageiros ouvidos pelo DAT demonstram desconhecimento do novo Cartão Ônibus Municipal Poá (ComPoá). A dona de casa Adenilde Almeida Joaquim, de 58 anos, não sabia que a cidade tem Bilhete Único.
Usuária do Terminal Rodoviário Ayrton Senna, na região central, Adenilde conta que utiliza com pouca frequência os coletivos municipais, mas gostaria de mais informações sobre o ComPoá para saber se compensará fazer o cadastro. "Pelo o que dizem parece ser bom, mas não vi nenhuma divulgação dentro do ônibus nem no terminal do Kemel", afirma.
A 100 metros do terminal, fica o Espaço Radial, local reservado pela concessionária para a recarga dos cartões. No mural da empresa, não há qualquer painel de orientação ao usuário sobre a existência do Bilhete Único no município. "Fiquei sabendo pelo jornal, as pessoas estão comentando, mas a divulgação tem sido mais no boca a boca", diz a doméstica Bernadete Maria Bezerra, 42, ao sair do posto de recarga.
O gerente de Relações Públicas da Radial, Juracy Vieira Salvador, foi procurado, mas estava em uma reunião e não respondeu às ligações. A prefeitura informa por meio de sua assessoria que prepara uma divulgação maciça sobre o Bilhete Único na próxima semana.
Prefeitura - O prefeito Francisco Pereira de Sousa (PDT), o Testinha, disse que não há possibilidade de se fazer uma avaliação do programa, uma vez que o governo promove as divulgações para que primeiro a população esteja ciente. O pedetista enfatiza que é um sistema de grande importância para a cidade e as estratégias de veiculação ocorrerão da melhor maneira possível.
Protesto no centro reúne 80 pessoas
Cerca de 80 pessoas, segundo a Polícia Militar, foram às ruas do centro de Poá ontem para cobrar uma resposta sobre a construção de casas na região dos Jardins Tereza Palma e América. Além disso, segundo o líder dos manifestantes, José Carlos Ferreira da Silva, o Zé Carlos Sem-Terra, o grupo pede a reabertura da maternidade Maria de Nazaré, a distribuição dos uniformes escolares, o fim da intimidação contra alguns líderes religiosos e a contratação sem licitação da empresa Maktub, por R$ 10 milhões, para o fornecimento de 2,4 mil cestas-básicas.
O movimento organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Social e Ações Comunitárias do Brasil (Indesb), de Itaquá, saiu da Praça do Relógio e foi até o Paço Municipal. Uma comissão de quatro integrantes foi recebida pelos secretários municipais de Governo e Saúde, Ali Sami El Kadri, de Assuntos Jurídicos, Erivânia Rosa Andrade El Kadri, e de Habitação, Dorval da Costa Torres.
Esta é a segunda vez que o Idesb organiza um protesto. Em maio, a prefeitura prometeu analisar os projetos de moradia. "Estamos voltando justamente por isso", declarou Zé Carlos.
Sobre as reivindicações apresentadas, Torres e Zé Carlos marcaram uma reunião no próximo dia 30 para discutir o assunto.
De acordo com a Assessoria de Imprensa da prefeitura, o secretário de Habitação justifi cou que assumiu o cargo há menos de um mês e a pasta está em fase de estruturação, por isso não tomou conhecimento do projeto.
Em relação à reabertura da maternidade, El Kadri disse que o governo atual encontrou a unidade fechada no dia 20 de dezembro pela gestão anterior, por conta de infiltrações no prédio. Ele ressaltou que a administração estuda formas de reabrir a unidade, mas não deu um prazo.
Em relação aos uniformes escolares, El Kadri reconheceu que houve um problema na licitação deste ano, por conta do material de baixa qualidade oferecido pelas empresas e que, ainda neste ano, fará uma nova concorrência para que em fevereiro de 2010 todos os alunos tenham novas roupas.
O governo municipal respondeu também às críticas sobre a contratação do Maktub, dizendo que a licitação teve um aditamento, pois o contrato foi firmado em 2007 e permite a renovação por cinco anos. "O prefeito queria distribuir o cartão- alimentação de R$ 120 por mês, mas os funcionários não quiseram, por isso mantivemos o contrato com o Maktub, que oferece produtos de qualidade", concluiu El Kadri.

Nenhum comentário:

Postar um comentário